quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Estranha Lagarta



A Estranha Lagarta

Era uma vez um menino chamado Alexandre, que tinha olhos e cabelos castanhos e um sorriso alegre. Ele era inteligente, curioso, mas também sensível. Adorava patos e lagartas
Um dia, enquanto passeava pelo parque a dar comida aos patos e pombos, avistou uma bela lagarta verde e laranja entre os arbustos. Ela comia, comia, comia e estava cada vez mais gorda, contudo não parava. Alexandre observava-a com muita atenção. Até que decidiu levá-la, juntamente com terra e folhas, para casa e vê-la crescer. Ele já tinha estudado a metamorfose na escola, por isso, sabia como tudo funcionava. A lagarta comia, transformava-se em casulo e saía de lá uma bela borboleta toda colorida.
Chegando a casa mostrou aos pais a sua nova companheira lagarta:
- Mãe! Pai! Vejam o que eu arranjei ali no parque!-chamou Alexandre mostrando a lagarta.
- Uau! Vamos já arranjar-lhe uma casa!-exclamava o pai pegando logo numa caixinha de plástico.
- Que nojento!-demonstrava a mãe o seu “entusiasmo”.
Durante aquela semana, que ainda agora começara, o Alexandre viu a sua lagarta a comer, a comer, a comer e também a crescer. No final da semana, quando Alexandre voltava da escola, algo se passava com a lagarta...
Quando chegou a casa foi logo ter com a sua amiga lagarta. Mas não a viu. A caixa estava vazia. Procurou por toda a casa; na cozinha, no quarto, nas casas-de-banho... Acabou por encontrá-la no seu jardim, pórem em forma de casulo. Mas não era um casulo qualquer, aquele era gigantesco comparado com os outros.
-Pai, porque é que ele está cá fora, e porque é que está tão grande?-perguntou Alexandre ao pai que estava por lá.
-Bem, eu tirei-o da caixa porque era muito pequena para este enorme casulo, agora porque é que ele está deste tamanho...não sei.-respondeu tão surpreendido como o Alexandre.
-Ainda bem que é grande! Porque a semana passada, o Jorge levou uma borboleta para a escola e disse que era a maior do mundo.Esta vai ser ainda maior!-respondeu muito feliz.
-Ótimo-limitou-se a dizer o pai.
Passou o dia e, na manhã seguinte o Alexandre já saltava de alegria para mostrar aos colegas a sua borboleta que devia estar quase a sair do casulo. Foi para o jardim, mas a borboleta ainda estava dentro daquele grande casulo. Alexandre pensava “Uau! Ela é tão grande! Vão ficar todos impressionados com a minha borboleta!”
O casulo mexia-se...e de repente, rompeu-se! Saiam de lá pezinhos e um grande bico!
-Mas espera aí! As borboletas não têm pezinhos...nem bicos!-questionava-se. Mas que raio! Isto não é uma borboleta! É...é...é...é um pato! Eu adoro patos!
Nesse dia, em vez de levar consigo uma bela e elegante borboleta que era o que ele queria levar para a escola, levou um pequeno pato. Mas pelo menos ficaram todos muito impressionados.

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