terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A odissea de Icham

Icham era um homem que vivia ao lado do deserto, vivia numa família muito pobre e não tinham nada para comer. Dentro de poucos dias ele e a família já não iam aguentar a fome e iam acabar por morrer.

Ele pensou e disse para a família:

- Pai e mãe, dentro de poucos dias vamos acabar por morrer, mas antes de morrer gostava de concretizar o meu sonho, gostava de atravessar de uma ponta à outra o deserto à beira de qual vivemos.

- Mas meu filho, o que tu vais fazer é muito perigoso, não vás - disse-lhe a mãe.

- A tua mãe tem razão, não vás.-acrescentou o pai.

- Eu tenho de ir, é o que quero fazer antes de morrer.

- Então vai filho - Disse-lhe o pai.

E assim, depois de se ter despedido dos pais, ele foi andando. Andou pelo deserto durante dias, ele alimentava-se de tâmaras que ia encontrando pelo caminho.

Um dia, depois de andar durante muito tempo sem parar para comer nem para descansar, ele estava à beira das suas forças e viu um oásis, correu logo para lá, mas no momento em que chegou o oásis desapareceu, era uma miragem.

Ele, desiludido continuou a andar quando algum tempo depois viu um templo que à primeira vista parecia desabitado e desesperado entrou lá para e o que viu deixou ainda mais desesperado, estava um homem deitado no meio no meio de um monte de serpentes com rúbis cravados na pele, o homem estava a emitir uma data de estranhos sibilares, parecia que ele era capaz de falar com as serpentes. O homem também o viu e parou de “falar com as serpentes” levantou-se e veio comprimentalo:

- Olá, o meu nome é Sacha, vivo entre as serpentes e como podes reparar sei falar com elas, aprendi a falar com elas desde pequeno e agora vivo entre elas- Icham estava tão espantado que não conseguiu proferir nenhuma palavra, mas depois, gaguejando disse:

- O meu nome é Icham, estou a atravessar o deserto e...

- E deves estar com muita fome, segue-me, as cozinhas são por aqui- disse ele antes de poder continuar. Sacha levou-o para uma sala muito iluminada.

Ao canto estava uma mesa para cheia de iguarias, ao lado estava uma lareira para cozer a carne, era uma lareira muito bonita, era feita de ouro ( não parava de brilhar de tão iluminada que estava a sala) e tinha uma grande serpente talhada.

- Gostavas de conhecer a lenda dessa lareira?

- Gostava- disse Icham

- Ouve sem me interromper- disse Sacha - Há muitos anos, quando o Deus das serpentes reinava neste deserto, ele tinha imposto uma regra, quando um habitante deste deserto encontrava ouro, prata e outros metais valiosos era lhe proibido ficar com ele, devia entrega-lo ao rei das serpentes. Um dia, um homem encontrou uma peça de ouro do tamanho deste fogão e decidiu ficar com ela. Quando o rei das serpentes soube disso, ele mandou uma serpente do tamanho da que esta talhada neste forno para destruir a peça de ouro mas a serpente não foi capaz de destruir a peça, e ao embater contra a peça ficou aprisionada no ouro para sempre. Mas ao ser incrustada a serpente destrui partes e foi talhando este forno.

- É uma história interessante- disse Icham.

- Já é muito tarde, está na hora de ir dormir, podes ficar cá a dormir.

- OK

Icham ficou durante um mês em casa de Sacha.

Quando Icham se ia embora Sacha disse-lhe:

- Fica aqui, eu aprendo-te a falar com as serpentes.

- Não- disse-lhe Icham

- Então pelo menos aceita este presente- quando Sacha disse isto saio-lhe uma serpente da manga que cuspiu um punhal cravejado de rúbis.

- Toma este punhal que te pode ajudar.

Icham começou a andar, andou pelo deserto durante meses e meses até que enquanto estava a andar viu o mar. Tinha chegado á outra ponta do deserto, iniciou a viagem de regresso quando de repente a terra começou a tremer e viu nascer um vulcão no meio do deserto! Do vulcão saio um dragão que se dirigiu na sua direcção.

- Olá, eu um dragão, sou o comerciante dos gigantes.

- Comerciante dos gigantes- disse Icham

- Sim, seres fantásticos, humanos gigantescos- respondeu-lhe o Dragão.

- O que é que tu fabricas- perguntou Icham

- Bem costumo fabricar armas, é a única coisa de que eles gostam, queres vir ver o meu vulcão por dentro, esquécime de te dizer mas o meu nome é Norbert. Disse ele.

O vulcão não era feio, tinha imensas gravuras, Norbert explicava-lhe que aquele vulcão estava á imenso tempo na sua família; ele dizia isto enquanto cuspia fogo para uma espada amolecendo-a.

Icham ficou mais algum tempo em casa de Norbert, depois Icham teve de ir embora.

- Fica mais algum tempo. Disse Norbert

- Não. Disse Icham

Então toma este presente, é uma lanterna de fogo eterno.

Contente com o seu presente Icham foi andando.

Andou durante imenso tempo, tinha impressão de estar muito perto de casa mas não encontrava o caminho, estava perdido.

De repente, ao longe avistou um acampamento, correu para lá , era uma tribo lendária, daquelas de que se ouve falar quando se é pequeno.

Era a tribo dos Gargolos os homens da paz a quem é proibido tocar em armas.

Os Gargolos não falavam a sua língua mas compreendiam o. Ele ficou lá pouco tempo sem nunca perceber uma palavra do que eles diziam.

Depois estava na hora de se ir embora e deram-lhe uma certa mágica com que ele encontrou o caminho de volta.

Os pais quando o viram disseram que tinham arranjado emprego e que iam parar de viver na pobreza.




FIM

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